terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

VOCÊ É UM POUCO DE BENJAMIN FLANKLIN?


"Há homens que enlouquecem por quererem saber muito. Mas quem me aponta um só que tenha enlouquecido por querer ser bom?" [ Benjamin Franklin ] ..



A versatilidade de Benjamin Franklin -- estadista, cientista, escritor e inventor -- tornou-o um dos homens mais conhecidos e admirados do mundo na segunda metade do século XVIII. A atuação em prol da independência dos Estados Unidos inscreveu seu nome entre os heróis americanos. Benjamin Franklin nasceu em Boston, em 17 de janeiro de 1706. De origem humilde, aprendeu a ler sozinho, mas aos dez anos foi obrigado a deixar os estudos para trabalhar com o pai. Empregou-se dois anos depois na oficina gráfica do irmão e, aos 17 anos, mudou-se para Filadélfia, onde trabalhou como impressor, dedicando as horas de folga ao estudo das letras e das ciências. Em 1729 tornou-se proprietário de uma oficina gráfica e iniciou logo depois a publicação do jornal The Pennsylvania Gazette (que seria mais tarde o Saturday Evening Post) e, com o pseudônimo Richard Saunders, o Poor Richard's Almanac, coletânea de anedotas e provérbios populares. Ambos tiveram grande êxito e deram renome ao editor. Vendiam-se tão bem que Franklin pôde montar tipografias em outras das 13 colônias americanas. Aos 47 anos acumulara tamanha fortuna que retirou-se dos negócios. Criou em Filadélfia o corpo de bombeiros, fundou a primeira biblioteca circulante dos Estados Unidos e uma academia que mais tarde se transformou na Universidade da Pensilvânia. Organizou um clube de leituras e debates, que deu origem à Sociedade Americana de Filosofia, e ajudou a fundar o hospital do estado. Nunca deixou de estudar. Aprendeu idiomas, tocava vários instrumentos e dedicava-se também às ciências. Suas obras sobre eletricidade, das quais a mais importante é Experiments and observations on electricity (1751; Experiências e observações sobre eletricidade), foram publicadas nas colônias e na Europa. Inventou em 1752 o pára-raios e criou termos técnicos que ainda hoje são usados, como bateria e condensador. Participou da assembléia da Pensilvânia e, no congresso de Albany (1754), apresentou um plano de união das colônias inglesas. Em 1757 foi enviado à Grã-Bretanha para solucionar a disputa entre a assembléia da Pensilvânia e a coroa britânica. Lá permaneceu até 1762 e tornou-se conhecido pelo espírito conciliatório. Voltou a Londres em 1766, como uma espécie de embaixador extraordinário das colônias. Em março de 1775, convencido de que a guerra pela independência era iminente, retornou a Filadélfia. Designado delegado ao II Congresso Continental, fez parte, com Thomas Jefferson e Samuel Adams, do comitê que redigiu a declaração de independência (1776). Tentou inutilmente convencer os canadenses a entrarem na guerra como aliados das 13 colônias. Ainda em 1776, partiu para a França, em busca de ajuda, e foi recebido como personalidade eminente nos círculos parisienses. Assinou o tratado de aliança entre os dois países e em 1783 assinou o tratado de paz com a Grã-Bretanha. De volta a Filadélfia em 1785, foi recebido com entusiasmo pelos concidadãos e eleito presidente da Pensilvânia. Foi um dos delegados da convenção que elaborou a constituição americana e tentou em vão abolir a escravatura. As atividades intelectuais de Franklin abrangeram os mais variados ramos do conhecimento humano, das ciências naturais, educação e política às ciências humanas e artes. Escreveu numerosos ensaios, artigos e panfletos. Sua obra mais importante é a Autobiography, publicada postumamente (1791). Chamado pelos contemporâneos de "apóstolo dos tempos modernos", Franklin viveu os cinco últimos anos de vida retirado da vida pública, cercado de amigos. Morreu em 17 de abril de 1790 em Filadélfia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário