sexta-feira, 27 de julho de 2012

CAMELO NUM BURACO DE UMA AGULHA

Certa vez, um jovem se aproximou de Jesus chamando-O de Bom Mestre. Jesus respondeu que não há bom, senão um só que é Deus (Mt 19.16-26). A resposta de Jesus baseou-se não só no fato de que o jovem era rico, mas também no fato de que seu coração estava cheio de avareza, idolatria (Cl 3.5). Ao orar, Deus sempre lhe mostrava seu pecado e o chamava ao arrependimento. Pensando que Deus era contra a riqueza, não entendia que era seu apego a ela que desagradava ao Senhor. Para o jovem, Jesus, sim, era bom, e não Deus. Ao inquirir de Jesus sobre o que fazer para herdar a vida eterna, pois, apesar de guardar os mandamentos, sentia um grande vazio, o Mestre disse que ele deveria se desfazer de suas riquezas para ter um tesouro no céu. Como idolatrava o dinheiro, o jovem, cujo nome não foi revelado, entristeceu-se e retirou-se, tendo apenas passado pela vida sem maior expressão ou destaque especial. “Talvez Jesus não fosse tão bom assim”, pensou ele. O Senhor Jesus explicou sobre a dificuldade de um rico entrar no céu, dizendo que é mais fácil um camelo passar no buraco da agulha que isso acontecer. Sem a correta hermenêutica, muitos pregam contra os bens materiais e acreditam na trilogia: eu, céu, pobreza. Certamente, nosso coração não deve estar nas riquezas (Mt 6.19-21; 22.37,38; Gn 6.19-21), contudo, elas não constituem maior empecilho que o mundo, a carne ou o próprio orgulho – ser pobre não é ser humilde e vice-versa. No caso citado, o jovem deveria deixar o apego às riquezas, outros, porém, devem deixar o apego à fama, ao talento extraordinário, à boa aparência ou ao intelectualismo, isto é, àquilo que impede o relacionamento com Deus. A agulha a que o Senhor Jesus se refere, para alguns estudiosos, não é a que conhecemos, a de costura, e, sim, as pequenas portas da muralha que cercavam Jerusalém, que se chamavam buraco da agulha por onde passavam os viajantes que se atrasavam, chegando após seu fechamento (ao pôr-do-sol). Estes passavam facilmente, abaixando-se, mas os camelos tinham grande dificuldade, tendo que dobrar as pernas, serem puxados e empurrados, sem as cargas, para entrar. Para outros, há uma explicação mais simples: Jesus fez uso da hipérbole (figura de pensamento que consiste no uso de palavra ou frase com sentimento exagerado para dar maior força, para menos ou para mais, à realidade que exprime). Por exemplo: “eu já falei mil vezes”; “estou morrendo de fome”; “fulano é podre de rico” etc. (Veja Mateus 23.24.) Em outras palavras, nenhum pecador, seja rico ou pobre, entrará no reino de Deus; e nenhuma pessoa, pobre ou rica, que anda com Deus, irá para o inferno. A nossa mentalidade é “bem-aventurados os pobres...”; a dos países ricos, “o Senhor é o meu pastor; nada me faltará”. ENTENDIMENTO PARA NOSSO TEMPO: Será que o rico pede oração ou faz tratamento com o melhor médico, confiando nos remédios? Se você tocar a campainha da mansão do rico, será que ele vai atende-lo para ouvir o evangelho? O rico vai ao culto de domingo ou prefere ir à casa de campo ou à praia? O rico entra em uma igreja simples ou ele quer algo à sua altura? O rico dá o dízimo ou acha que é muito dinheiro para entregar na igreja? Como se vê, é um pouco difícil, até porque há irmãos que começam a ganhar dinheiro e se esfriam (Mt13.22), porém, há muitas pessoas de posses que têm dado bom testemunho, têm sido fiéis e grandes colunas da casa de Deus. Seus bens são uma bênção e não uma maldição. Não se pode servir a Deus e às riquezas, mas feliz é aquele que serve a Deus com suas riquezas. AGORA, VOCÊ ENTENDE A PALAVRA DE DEUS!

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