Os nadadores Cesar Cielo, Henrique Barbosa, Nicholas Santos e Vinícius Waked foram flagrados no exame antidoping realizado no Troféu Maria Lenk. A substância encontrada foi a furosemida, um diurético.
Pelos bons antecedentes dos atletas e por não ter sido detectada culpa ou negligência, eles foram advertidos pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), perdendo as marcas de prêmios da competição.
- Saiba mais
- Após punição, Fabíola Molina foca índice no José Finkel para ir à Olímpiada
- Cielo afirma ter substimado seu potencial e revê objetivos
Membro da Agência Mundial Antidoping inocenta nadadores
O médico Eduardo de Rose, membro-fundador da Wada (Agência Mundial Antidoping), disse que "não houve culpa nem negligência" dos nadadores Cesar Cielo, Nicholas Santos e Henrique Barbosa, do Flamengo, e Vinícius Waked, do Minas Tênis, flagrados no exame antidoping por uso da substância furosemida, da classe S5 Diuréticos.
"O que ocorreu foi a contaminação da cafeína que eles tomam há dois anos. A contaminação da substância foi comprovada por laudo do laboratório Ladetec [da Universidade Federal do Rio de Janeiro]", comentou o médico.
Ele integra o Painel de Controle de Doping instaurado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), que apenas advertiu os quatro nadadores. "Como os nadadores poderiam ter visto isso? Eles já passaram por vários exames antidoping e nunca foram pegos", afirmou Eduardo de Rose.
Ao depor, os quatro atletas descartaram a contraprova e explicaram como o diurético pode ter entrado no corpo, comprovando que não houve aumento no desempenho.
Em nota oficial, Cesar Cielo, campeão olímpico e mundial, explicou o caso. "Foi comprovada a presença da substância por meio de contaminação cruzada durante a manipulação de um suplemento (excepcionalmente, isso pode ocorrer, mesmo que observadas normase protocolos de manipulação sob orientação da Vigilância Sanitária)", disse Cielo.
Explicação
O campeão olímpico e mundial Cesar Cielo atribuiu o resultado positivo no exame antidoping a uma possível "contaminação cruzada" no suplemento que costuma consumir em seus treinos. O nadador testou positivo para a substância diurética furosemida, proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada), durante a disputa do Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro, em maio.
"Sempre fiz uso desse suplemento e nunca um controle feito anteriormente apresentou problema. Pela segurança que tenho na utilização desse suplemento, creio que este resultado tenha sido um fato isolado. Por causa dessa mesma confiança, outros atletas também fizeram uso do suplemento", afirmou o campeão olímpico, em nota oficial.
Em sua defesa, Cielo citou uma eventual "contaminação cruzada", considerada excepcional pelo próprio nadador. "Durante o painel, todos os dados foram levantados e comprovada a presença da substância por meio de contaminação cruzada durante a manipulação de um suplemento (excepcionalmente, isso pode ocorrer, mesmo que observadas normas e protocolos de manipulação sob orientação da Vigilância Sanitária)", registrou Cielo.
O nadador destacou que nunca fez uso de recurso ergogênico ilícito, capaz de melhorar a performance em atividades físicas esportivas. "Sempre tive o maior cuidado com todo tipo de medicamento ingerido. Me considero um atleta exemplar neste aspecto. Nunca utilizei nenhum recurso ergogênico ilícito que pudesse favorecer a minha performance".
Cielo ressaltou que está acostumado a passar por testes antidoping e nunca foi flagrado antes em diferentes competições pelo mundo. "Faço controles constantemente - este ano, já fui testado cinco vezes. Fiz, inclusive, teste de sangue na França, durante o Aberto de Paris. Passo por controles periódicos e sou um dos atletas que integram o programa de rastreamento da Fina, o que significa que preciso sempre informar a entidade cada vez que me desloco. Posso ser testado a qualquer momento, em qualquer lugar. São as regras do jogo e eu sempre soube disso".
Sergio Moraes / Reuters
Nenhum comentário:
Postar um comentário