Qual é a sua relação com a Assembleia?
A minha relação com a Assembleia é só a conta bancária.
Como assim?
Chegaram pra mim e perguntaram: “O que é que você quer? Eu preciso da sua conta bancária. Tem de ser alguém de confiança”. Com certeza as pessoas que fazem isso são de confiança. E você tem que confiar também na pessoa porque você entrega o cartão [do banco]. O que me sugeriram, no começo, era trocar por um plano de saúde e eu peguei.
E você deixou o seu cartão?
Sim, deixei nas mãos do assessor. No começo ele recebia. Então ficava com ele o cartão.
Onde o dinheiro era depositado?
Na minha conta e daí ele retirava. Até que, de um ano pra cá, ele passou [o cartão] para minha mão. Hoje eu repasso [o dinheiro sacado] pra ele. Chega a data do pagamento, eu vou na minha agência bancária, na boca do caixa, tiro o dinheiro e repasso pra ele.
Como você entrega o dinheiro?
Em mãos.
Qual é o valor que você recebe por mês?
Não é um valor exato. Tem vezes que vem muito, tem vezes que vem pouco. As vezes vem R$ 1 mil, às vezes vem R$ 6 mil, R$ 7 mil.
Por que tem essa variação?
Eu imagino que colocam mais pessoas para receber em meu nome.
Conhece mais pessoas que participam desse tipo de negociação?
Sim. Nesse gabinete e em outros. São casos iguais ao meu. Pessoas que não trabalham e recebem o dinheiro.
Por que você resolveu denunciar?
Porque eu vi que estou sendo enganada. Sei de pessoas que fazem, que não trabalham, recebem bem mais do que eu e ficam com o dinheiro.
Algum dia você trabalhou na Assembleia?
Não.
A minha relação com a Assembleia é só a conta bancária.
Como assim?
Chegaram pra mim e perguntaram: “O que é que você quer? Eu preciso da sua conta bancária. Tem de ser alguém de confiança”. Com certeza as pessoas que fazem isso são de confiança. E você tem que confiar também na pessoa porque você entrega o cartão [do banco]. O que me sugeriram, no começo, era trocar por um plano de saúde e eu peguei.
E você deixou o seu cartão?
Sim, deixei nas mãos do assessor. No começo ele recebia. Então ficava com ele o cartão.
Onde o dinheiro era depositado?
Na minha conta e daí ele retirava. Até que, de um ano pra cá, ele passou [o cartão] para minha mão. Hoje eu repasso [o dinheiro sacado] pra ele. Chega a data do pagamento, eu vou na minha agência bancária, na boca do caixa, tiro o dinheiro e repasso pra ele.
Como você entrega o dinheiro?
Em mãos.
Qual é o valor que você recebe por mês?
Não é um valor exato. Tem vezes que vem muito, tem vezes que vem pouco. As vezes vem R$ 1 mil, às vezes vem R$ 6 mil, R$ 7 mil.
Por que tem essa variação?
Eu imagino que colocam mais pessoas para receber em meu nome.
Conhece mais pessoas que participam desse tipo de negociação?
Sim. Nesse gabinete e em outros. São casos iguais ao meu. Pessoas que não trabalham e recebem o dinheiro.
Por que você resolveu denunciar?
Porque eu vi que estou sendo enganada. Sei de pessoas que fazem, que não trabalham, recebem bem mais do que eu e ficam com o dinheiro.
Algum dia você trabalhou na Assembleia?
Não.
Gazeta do Povo
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