quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

HOMENAGEM


O cantor Sílvio Caldas foi o maior responsável pela consolidação da seresta na música popular brasileira, tendo contribuído para o gênero também como compositor, nos anos 30. Por isso, ele se tornou identificado como "O Seresteiro do Brasil", epíteto ao qual se manteve fiel durante toda a sua longa carreira.

Como grande seresteiro, Sílvio Caldas cantou muitas valsas. Mas também se mostrou, igualmente, um excepcional intérprete de sambas. Nesse campo, suas interpretações marcadamente cadenciadas fizeram do seu um canto inconfundível entre os outros de seu tempo e de todos os tempos no país.

A essa notável e irresistível cadência, se somaram a clareza e o apuro na emissão da voz, para caracterizar um estilo aperfeiçoado, de reconhecida brasilidade. Por tudo isso, ele acabou sendo chamado de "O Poeta da Voz" por Guilherme de Almeida (autor de uma obra poética de notável musicalidade na poesia brasileira do século 20).

Embora amoroso, o lirismo de Sílvio Caldas recusava um romantismo excessivamente derramado. Singelo, sua simplicidade estava de par com um zelo técnico. Autêntico, nem por isso se prendeu ao repertório de um único período ou de um único gênero. Silvio Caldas morreu no dia 3 de fevereiro de 1998 em Atibaia . Homenagem do Bar Café & Cultura.

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